VERSOS TRAÍDOS

Poesia do Brasil

Adélia Prado

Uma das autoras maiores da Poesia brasileira dos séculos XX e XXI.

POESIA REUNIDA

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Castro Alves

Ler Castro Alves é encontrar a Poesia popular e intensa do Brasil do século XIX. Ele foi o paladino da justiça e da liberdade, o cantor dos fracos e dos desvalidos, mas foi também o pintor da natureza, o pensador dos dramas que agitam a existência humana.

A VOZ DA ESPERANÇA

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Hilda Hilst

A Escritora da Casa do Sol (Campinas) marcou a literatura brasileira do século XX, com a coragem de abordar temas difíceis como a consciência, a insanidade, o papel da mulher e o erotismo. Os seus livros foram traduzidos para várias línguas

OBRA POÉTICA REUNIDA 1950-1993

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Autores Vários

Organizada por Laércio Bandera no âmbito de uma dissertação académica , esta Antologia reúne múltiplos Poetas brasileiros e portugueses do século XX.

ANTOLOGIA POÉTICA BRASIL-PORTUGAL

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Machado de Assis

A abundante produção literária – romances, contos, crónicas, peças de teatro e, sobretudo, poesia – levaram Harold Bloom a considerar Machado de Assis o maior escritor negro de todos os tempos. Machado de Assis assistiu e participou nas mudanças do Brasil do século XIX. Introduziu o realismo na literatura brasileira.

POESIAS COMPLETAS

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Mário Quintana

A par do trabalho como jornalista e tradutor literário, Mário Quintana deixou ao Brasil e ao mundo numerosos livros de Poesia. Baú de Espantos é um deles.

BAÚ DE ESPANTOS

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Martha Medeiros

Crónicas, Romances, Poesia consolidaram uma carreira literária que colocou Martha Medeiros num lugar de destaque nas letras brasileiras.

POESIA REUNIDA

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Myriam Fraga

“Nós o lemos juntos, Zélia e eu, não sei de prazer maior que o de ler poesia com a namorada, em conluio” – escrevei Jorge Amado, a propósito de um livro de Myriam Fraga.

POESIA REUNIDA

VIA LÁCTEA

Olavo Bilac

Olavo Bilac é uma das grandes figuras da poesia brasileira da segunda metade do século XIX, reconhecido como representante do parnasianismo.

Oswald de Andrade

“Na sua poesia entram o humor e o li- rismo, a piada e a imaginação, a concisão e a fala popular” – escreveu Mário da Silva Brito.

POESIAS REUNIDAS

Paulo Leminski

Um estilo muito próprio de escrever poesia, muito direto e influenciado pela técnica japonesa dos haicais

TODA A POESIA

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O Princípio de Peter

The Peter Principle

Laurence J. Peter

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Mallarmé

Poésies

Stéphane Mallarmé

Tradução de CARLOS CAMPOS

Capitalismo e Liberdade

Capitalism and Freedom

Milton Friedman

Os ‘clérigos’ do regime

La Trahison des Clercs

Julien Benda

A Cidade Antiga

La Cité Antique

Fustel de Coulanges

TIMOTHY SNYDER

The Road to Unfreedom

Timothy Snider

A História política das duas décadas mais recentes, vista pelo historiador Timothy Snyder, dá conta da forma como, passo a passo, o regime de Vladimir Putin trabalhou para a divisão e enfraquecimento da Europa e do Ocidente em geral para poder satisfazer os interesses de um regime totalitário, corrupto e feito a medida de uma oligarquia. ‘The Road to Unfreedom‘, publicado em 2018, dá conta de como Donald Trump foi cultivado e financiado pelo regime russo.

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UMBERTO ECO

O Fascismo Eterno

Umberto Eco

Em abril de 1995, Umberto Eco foi conferencista convidado pela Universidade de Columbia para uma sessão comemorativa da vitória da Europa sobre o regime fascista responsável pela II Guerra Mundial. O texto dessa conferência foi publicado na revista “The New York Review of Books” no dia 22 de junho de 1995″ e ficou para a história como uma espécie de “sensor” para detetar o fascismo. A expressão ‘UR-Fascismo’, ou ‘fascismo eterno’ representa o perigo de ressurgimento de manifestações fascistas nos regimes políticos. Umberto Eco listou 14 caraterísticas típicas que, em conjunto ou separadamente, devem fazer soar o alarme. O texto, que é curto, é imperdível. Por isso, também tem lugar na Avenida dos Livros, para que nenhum leitor interessado perca a oportunidade de o ler, na língua inglesa ou na tradução espanhola. O professor italiano terminou a sua conferência com o aviso: “não podemos esquecer”. Hoje, os sinais do fascismo são demasiado evidentes…

Versão em língua inglesa

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Versão em língua espanhola

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TRINDADE COELHO

Manual Político do Cidadão Portuguez

Trindade Coelho

Em 1906, José Francisco Trindade Coelho publicou um “manual político” extenso e completo. Inspirou-se na ‘Instruction Civique” de Numa Droz (Suiça). Infelizmente, o nível de alfabetização, de literacia e de participação política era tão baixo que o manual apenas aproveito a um pequeno número de portugueses. Ainda assim, a edição esgotou ao fim de um ano. Trindade Coelho foi sensível ao tema da alfabetização e da literacia. Escreveu vários ‘Livros de Leitura‘, a ‘Cartilha do Povo‘ (1901) e ‘O ABC do Povo’ (1902). Este “manual político” é um testemunho do sistema político português nos últimos anos da monarquia. Demasiado fiel à tradução de Droz, Trindade Coelho deixou no seu “manual” esta afirmação: “a forma de governo que nos parece melhor, para um povo instruído e patriota, é a república democrática e federativa. Nesse regime, o povo é o verdadeiro soberano tanto de facto como de direito” (páginas 35-36). Trindade Coelho era monárquico. Como podia ele considerar que a melhor forma de governo seria republicana, democrática e federativa? Aparentemente, Trindade Coelho devia pensar que estas três coisas só são adequadas para “um povo instruído e patriota” e que o povo português estava longe de o ser…
Outra particularidade datada deste “manual” são as dezenas de páginas ocupadas com críticas às instituições religiosas, especialmente a Companhia de Jesus. Trindade Coelho culpa estas instituições de serem causa “do nosso atraso e da nossa falta de instrução e de educação“(página 305). A defesa da laicização da educação esteve, nesta época, afetada pelo anticlericalismo e, por conseguinte, longe da ideia de liberdade religiosa. Como a Igreja era conotada com “a reação“, Trindade Coelho fez questão de separar bem as águas entre a “democracia social” e a “democracia cristã”, e de manifestar a sua esperança na extinção da propriedade sobre os instrumentos de produção na abolição das classes sociais. Embora as 700 páginas cheguem e sobrem para sustentar o título de “manual”, Trindade Coelho não resistiu a usá-lo como panfleto. Isso torna a leitura ainda mais interessante.

GÉNERO E CIDADANIA

Género e Cidadania

Guião de educação – 3º ciclo do ensino básico

Teresa Pinto (coordenação), Conceição Nogueira, Cristina Vieira, Isabel Silva,
Luísa Saavedra, Maria João Silva, Paula Silva, Teresa-Cláudia Tavares e
Vasco Prazeres.

Pela sua enorme importância, o tema da igualdade de género ocupou um “espaço” dominante no ensino da disciplina de cidadania. Pelo caminho, cometeram-se exageros. Outros temas de cidadania, não menos importantes para a formação de crianças e jovens, foram descurados. Por outro lado, a tentativa de imposição de posições extremas sobre género, levou a posições não menos extremas contra a disciplina de cidadania. Persistem as dúvidas sobre o que se ensina, o que se quer ensinar e o que se devia ensinar nas escolas portuguesas. A Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (nome que também reflete a sobrevalorização relativa da igualdade de género face a outros temas de cidadania) preparou um Guião para o 3.º ciclo do Ensino Básico. Convém começar por ler este documento, que foi “validado” pelo Ministério da Educação.

SERHII PLOKHII

The Gates of Europe

Serhii Plokhii

Quando, em 2015, Serhii Plokhii deu à sua História da Ucrânia o título ‘The Gates of Europe’, já tinha começado a primeira invasão da Ucrânia pela Rússia de Putin. A Rússia tinha anexado a Crimeia e começou a fomentar uma guerra suja separatista nas regiões de Donetsk e Lugansk. Em 2022, o título escolhido revelo-se premonitório: com a segunda invasão, começou uma guerra duríssima em que se joga o futuro da Europa. A maior parete dos europeus teve consciência do pouco que sabe da história da Ucrânia como nação. A melhor forma de ganhar imunidade à propaganda é começar por conhecer a história da Ucrânia. Serhii Plokhii é o autor ideal: há anos que ensina História da Ucrânia na Universidade de Harvard.

NORBERTO BOBBIO

As ideias do senador vitalício

Norberto Bobbio

Norberto Bobbio (1909-2004), senador vitalício italiano, deixou várias obras de reflexão política. Formou-se entre o ambiente fascista do regime e da família e as convições democráticas. Criticou o fascismo, o nazismo, o marxismo, o bolchevismo e, nos anos mais recentes, o populismo de Berlusconi. Os livros aqui referenciados pela Avenida dos Livros são uma pequeníssima parte do seu legado.

Estado, Governo e Sociedade

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Liberalismo e Democracia

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A Era dos Direitos

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NIKOLAI BERDYAEV

Escravatura e Liberdade

Nikolai Berdyaev

Demasiado livre para ser tolerado, Nikolai Alexandrovich Berdyaev, de origem ucraniana (Lyiv, 1874) foi expulso da universidade por ser marxista (1894), abandonou o marxismo vinte anos antes da “revolução de outubro”, admitido e expulso da universidade de Moscovo em 1920, preso e finalmente deportado por ordem de Lenine (1922). A distância em relação ao capitalismo e ao marxismo levou-o a defender um cristianismo universalista e personalista. O seu legado pertence à enorme parcela da cultura russa que o regime soviético tentou esconder.

Slavery and Freedom

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The Russian Idea

ÉTICA E INTEGRIDADE

The Servant of the People: On the power of integrity
in politics and government

Muel Kaptein

Muel Kaptein, professor da Universidade Erasmo de Roterdão e partner da KPMG, é autor de vários livros sobre ética profissional, tais como Ethics Management (1998), The Balanced Company (2002), The Six Principles for Managing with Integrity (2005), The Living Code (2008), e Workplace Morality (2013). The Servant of the People: On the power of integrity
in politics and government
, publicado em 2014, é dedicado especialmente à ética no exercício de cargos políticos ou quaisquer outros cargos públicos. A integridade tem pelo menos 95 facetas, tantas quantas os capítulos deste livro. Não há políca boa sem integridade.

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VACLAV HAVEL

The Power of the Powerless

Vaclav Havel

Os regimes comunistas criam inevitavelmente dissidentes. Os dissidentes conseguem compensar a sua falta de poder e essa é a causa da queda dos referidos regimes. Assim pensava Vaclav Havel em 1978, quando era apenas um dramaturgo dissidente e nem imaginava que, em 1993 seria o primeiro presidente da República Checa, depois da separação da Eslováquia. No final dos anos 70, sobravam as interrogações…

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MIKAIL GORBACHOV

Com uma longa carreira na elite do poder soviético, Mikail Gorbachov sabia da inviabilidade e da injustiça do sistema. Teve a vontade e a coragem de o tentar mudar: as palavras perestroika (reestruturação) e glasnost (abertura) representaram essa tentativa. O sistema soviético ruiu, o muro de Berlim caiu, e com ele a “esfera de influência” de uma URSS que usou o ‘Pacto de Varsóvia’ para invadir os seus “aliados”. Pode dizer-se que o legado de Gorbachov foi mais esperança que resultados. Mesmo assim, os resultados não foram coisa pouca. Putin, o funcionário de terceira ordem do KGB ascendeu a ditador, não lhe perdoou ter deixado cair a União Soviética e negou-lhe o funeral de Estado. Décadas depois, convém revisitar Gorbachov. Para além das centenas de documentos diplomáticos entretanto desclassificados sobre a negociação da reunificação da Alemanha, podemos ler os livros que Gorbachov deixou.

“A perspectiva futura de uma política global verdadeiramente pacífica reside na criação através de esforços conjuntos de um único espaço democrático internacional no qual os Estados devem ser guiados pela prioridade dos direitos humanos e do bem-estar dos seus cidadãos e pela promoção dos mesmos direitos e de um bem-estar semelhante nos restantes lugares. Isto é um imperativo da crescente integridade do mundo moderno e da interdependência dos seus componentes”.

Discurso na Cerimónia de atribuição do Prémio Nobel da Paz, de 1991 (incluído no livro “The Road We Traveled, The Chalenges We Face”)

OS LUSÍADAS

Os Lusíadas – as edições e a censura

Quem leu e estudou OS LUSÍADAS nos anos 70 ainda se lembra desta edição…

Recuando alguns séculos, podemos chegar à 1ª edição, saída da oficina de António Gonçalves em 1572. A Avenida dos Livros proporciona-lhe uma forma de obter uma versão digital dessa preciosidade.

Como a censura estragou a Ilha dos Amores

Ilha dos Amores‘, escultura de Lagoa Henriques (Jardim-Horto de Camões, em Constança), fotografada por Joana Rita Santos (mediotejo.net)

Durante anos, os investigadores procuraram esclarecer a confusão criada pelas diferenças entre edições. Mas os detalhes tipográficos foram os menor dos males. Os efeitos da censura inquisitorial foram bem mais importantes. As duas imagens abaixo permitem comparar as estrofes 71 e 82 do Canto IX tal como consta da edição de 1572, com a a estrofe “emendada” que surge na edição de 1597.

Na versão original, temos um truque erótico da ninfa, que simula cair (“de indústria cai“) e finge indignação para disfarçar o desejo (“com mostras mais macias que indignadas“), para que o perseguidor caia sobre ela (“que sobre ela empecendo também caia“).

De uma os cabelos de ouro o vento leva,
Correndo, e da outra as fraldas delicadas;
Acende-se o desejo, que se ceva
Nas alvas carnes, súbito mostradas.
Uma de indústria cai, e já releva,
Com mostras mais macias que indignadas,
Que sobre ela, empecendo, também caia
Quem a seguiu pela arenosa praia.

Na versão censurada, a ninfa cai porque foge depressa demais (“com a pressa cai”) e tudo faz para evitar “render-se aos leves pés que a seguiam”, ao ponto de se defender pelo suicídio (“se meter nas armas”).

D´uma os cabelos d’ouro o vento leva
Que madeixas d’Arábia pareciam,
Acende-se o desejo que se ceva
De ver que mais que o Sol resplandeciam:
Outra coa pressa cai, e já releva
Render-se aos leves pés que a seguiam,
E por se assegurar de que a ofende,
Com se meter nas armas se defende:

Na estrofe 82, a censura voltou a estragar a cena…

Versão original

Já não fugia a bela Ninfa tanto,
Por se dar cara ao triste que a seguia,
Como por ir ouvindo o doce canto,
As namoradas mágoas que dizia.
Volvendo o rosto, já sereno e santo,
Toda banhada em riso e alegria,
Cair se deixa aos pés do vencedor,
Que todo se desfaz em puro amor

Versão censurada

Não foge a quem a segue a Ninfa tanto
Temida do perigo em que se via,
Como por ir ouvindo o doce canto,
As namoradas magoas que dizia,
Mas por lhe enfraquecer com novo espanto
O peito ousado, o rosto atras volvia,
Mostrando-lhe no gesto um desengano,
Que não teme de força humana dano

Se leitor estiver interessado em ver por si próprio o “estrago” que a censura causou aos Lusíadas, e se tiver paciência para fazer a comparação, a Avenida dos Livros também lhe pode proporcionar o acesso a essa edição saída da oficina de Manoel de Lyra em 1597.

Obter a edição de 1597 em PDF

INTERNATIONAL LAW HANDBOOK

INTERNATIONAL LAW HANDBOOK Collection of Instruments

A mais completa coletânea de textos de referência

Edição das Nações Unidas

4 volumes

A ONU reuniu em quatro volumes os textos dos tratados, resoluções e outros instrumentos do direito internacional, abrangendo todas as áreas, desde a manutenção da paz e resolução de conflitos até ao direito do trabalho, passando pela proteção do ambiente, pelos crimes de guerra e pelos direitos humanos. Os quatro volumes totalizam alguns milhares de páginas e o seu conteúdo permanece atual, já que a edição é de 2017.
Para uma ideia completa do conteúdo de cada volume, clicar no respetivo botão azul para aceder ao respetivo ÍNDICE.

INTERNATIONAL LAW AND INTERNATIONAL RELATIONS

International Law and International Relations

Beth A. Simmon e Richard H. Steinberg (organizadores)

Beth A. Simmons, da Universidade de Harvard, e Richard H. Steinberg, da Universidade de Stanford reuniram uma conjunto estruturado de artigos de vários autores para abranger todas as áreas do Direito Internacional e das Relações Internacionais. É uma edição de 2006.

GUNS IN THE USA

Guns in the USA

Michael Erbschloe

Em 2014, os EUA registaram 11008 homicídios cometidos com armas de fogo. Em dezembro de 2017, a indústria americana das armas de fogo contava com 11800 empresas. Existirá relação entre uma coisa e outra? Michael Erbschloe reuniu neste livro uma série de informações, incluindo estatísticas, estudos e tomadas de posição.

AS FARPAS

As Farpas

Ramalho Ortigão

“O modo mais eficaz de seres útil à tua pátria é educares teu filho. Consagra-te a ele. A educação pública é uma burla atrozmente vergonhosa. Não lhe entregues a criança que o destino te confiou. Educa-o tu. Se não souberes mais, procura pelo menos torná-lo forte, ensina-lhe a ler e a escrever, dá-lhe um ofício e fá-lo um homem de bem; ele de si mesmo se fará um sábio, se tiver de o ser.”

O TALISMÃ

The Talisman

Walter Scott

Nos primórdios do chamado “romance histórico”, Walter Scott construiu uma narrativa sobre a terceira cruzada. Foi ele um dos responsáveis pela reputação de Saladino na Europa ocidental. O Talismã, publicado em 1825, enaltece o “espírito de cavalaria” do sultão. Séculos antes, já Dante, ao escrever A Divina Comédia (entre 1308 e 1321) tinha colocado Saladino no “limbo”, antecâmara do paraíso, entre outros “pagãos virtuosos”. É possível que a reputação de Saladino tenha sido mais elevada no Ocidente que entre o mundo muçulmano.
Para as gerações que leram os romances históricos de Walter Scott nos primeiros anos da juventude, voltar a ler não é uma repetição. A Avenida dos Livros proporciona a obtenção de uma versão digital (PDF) de uma edição da obra de Walter Scott, na língua original. Sem data, mas provavelmente da primeira metade do século XIX.

YEVGENY ZAMATIN

Yevgeny Zamyatin

WE – a distopia que irritou o regime soviético

Não quero que ninguém queira por mim – quero ser eu a querer por mim própria“. Esta afirmação de ‘I-330’, a mulher rebelde da novela ‘We‘, explica o facto de o livro, escrito em 1921, apesar de ter circulado clandestinamente, não ter sido autorizado para publicação na Rússia de Stalin, em que a vontade individual tinha de ceder à vontade do partido. ‘We‘ descreve a vida num estado totalitário e merece um lugar de destaque na wall of fame das distopias. Yevgeny Zamyatin foi exilado duas vezes, a primeira em 1905 por ser bolchevique, a segunda em 1931, para escapar à perseguição do regime de Stalin. A saída do país foi autorizada por intercessão de Maximo Gorki. Escapou à prisão mas não escapou ao sofrimento e penúria em Paris, onde veio a falecer em 1937. Os seus vários ensaios sobre o papel da literatura foram reunidos e publicados em 1970 pela editora da Universidade de Chicago no livro ‘A Soviet Heretic‘. Num deles, escreveu: “A verdadeira literatura só existe se for criada, não por funcionários fiéis, mas por loucos, eremitas, heréticos, sonhadores, rebeldes e céticos“. A leitura dos dois livros ultrapassa o interesse histórico – ainda são atuais porque, como disse Bulgakov, “os manuscritos não ardem“.

A Soviet Heretic: Essays by Yevgeny Zamyatyin

HELENA

Helena

Machado de Assis

“A voz da moça era trêmula; uma lágrima lhe brotou dos olhos, tão rápida que ela não teve tempo de a dissimular. Surpreendida nessa manifestação de sensibilidade, inexplicável talvez para o irmão, ergueu-se e procurou gracejar e rir. O riso parecia uma cristalização da lágrima, e o gracejo tinha ares de responso. Estácio não se iludiu; nada daquilo era claro, ou era tão claro como a carta. O olhar, severo e frio, interrogou mudamente a moça. Helena, que tivera tempo de se tranquilizar, voltou o rosto para a rua, e começou a rufar com os dedos na vidraça.”