In a Hierarchy Every Employee Tends to Rise to His Level of Incompetence – Numa hierarquia, cada empregado tende a atingir o seu nível de incompetência. Depois de escrever esta frase, Laurence J. Peter acreditou ter criado uma nova ciência: a “hierarquiologia“. É um livro divertido e útil para se ter em conta na gestão de pessoas e organizações.
Teresa Pinto (coordenação), Conceição Nogueira, Cristina Vieira, Isabel Silva, Luísa Saavedra, Maria João Silva, Paula Silva, Teresa-Cláudia Tavares e Vasco Prazeres.
Pela sua enorme importância, o tema da igualdade de género ocupou um “espaço” dominante no ensino da disciplina de cidadania. Pelo caminho, cometeram-se exageros. Outros temas de cidadania, não menos importantes para a formação de crianças e jovens, foram descurados. Por outro lado, a tentativa de imposição de posições extremas sobre género, levou a posições não menos extremas contra a disciplina de cidadania. Persistem as dúvidas sobre o que se ensina, o que se quer ensinar e o que se devia ensinar nas escolas portuguesas. A Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (nome que também reflete a sobrevalorização relativa da igualdade de género face a outros temas de cidadania) preparou um Guião para o 3.º ciclo do Ensino Básico. Convém começar por ler este documento, que foi “validado” pelo Ministério da Educação.
O livro ‘L’Homme Révolté‘, publicado em 1951, foi mal recebido. No ambiente ideológico polarizado da época, os intelectuais de direita rejeitavam Camus por ser de esquerda. Os intelectuais de esquerda, como Jean Paul Sartre, não lhe perdoaram as críticas à violência e à opressão do regime soviético. ‘L’Homme Révolté‘ estabelece a relação indissociável do humanismo do século XX com as exigências de democracia e liberdade. Os “homens de esquerda”, incapazes de pensar “fora da caixa”, achavam que a democracia e a liberdade podiam esperar. Ainda hoje, há uma certa esquerda que pensa que o poder da esquerda é mais importante que o respeito pelos direitos fundamentais… Camus evoca a história das revoltas e tenta o “deve e haver” dos resultados. Em vez da morte e da violência, a revolta deve associar-se ao pensamento e não pode esquecer a primazia da vida.
Para além do livro, Camus insurgiu-se contra a invasão da Hungria e aplaudiu a atribuição do Nobel da Literatura a Boris Pasternak. Atitudes imperdoáveis para o regime de Stalin que podem ter estado na origem do acidente em que Camus perdeu a vida.
“No fundo, o livro é arquitetura. Quem diz arquitetura, refere-se a um edifício e a uma ordem, uma morada para os deuses e para o homem, seja ela uma casa simples ou uma basílica. A igreja é uma assembleia: a leitura é outra. O livro é a casa do pensamento. Tudo começa com o monumento e tudo termina com o livro. A cidade desmorona-se, a cidade desaparece e o livro permanece. Os edifícios são a arquitetura da matéria: o livro belo é uma arquitetura do espírito“.
“É possível que o livro seja o último refúgio do homem livre. Se o homem se converte decididamente em autómato, se chegar ao ponto de não pensar senão de acordo com as imagens prontas de um écrã, acabará por deixar de ler. Todos os tipos de máquinas compensarão a falta de leitura: o homem deixará que a sua mente seja manipulada por um sistema de visões falantes; a cor, o ritmo, o alívio, mil maneiras de substituir o esforço e a atenção morta, de preencher o vazio ou a preguiça da busca da imaginação particular: tudo estará lá, menos o espírito. Essa lei é a do rebanho. O livro terá sempre seguidores, os últimos homens que não serão produzidos em massa pela máquina social. Um belo livro, este templo do indivíduo é a acrópole onde o pensamento se refugia contra a populaça“.
André Suarès, l’Art du Livre,1920; Éditions Fata Morgana, Saint Clément de Rivière, janeiro de 2022.
André Suarès (1868-1940), escritor e poeta, deixou dezenas de obras, repartidas entre a ficção, a poesia, o teatro e o ensaio, e foi um dos colaboradores da ‘Nouvelle Révue Française’, lado a lado com Paul Claudel, André Gide e Paul Valéry, entre outros.