ALBERT CAMUS

O Homem Revoltado

Albert Camus

O livro ‘L’Homme Révolté‘, publicado em 1951, foi mal recebido. No ambiente ideológico polarizado da época, os intelectuais de direita rejeitavam Camus por ser de esquerda. Os intelectuais de esquerda, como Jean Paul Sartre, não lhe perdoaram as críticas à violência e à opressão do regime soviético. ‘L’Homme Révolté‘ estabelece a relação indissociável do humanismo do século XX com as exigências de democracia e liberdade. Os “homens de esquerda”, incapazes de pensar “fora da caixa”, achavam que a democracia e a liberdade podiam esperar. Ainda hoje, há uma certa esquerda que pensa que o poder da esquerda é mais importante que o respeito pelos direitos fundamentais…
Camus evoca a história das revoltas e tenta o “deve e haver” dos resultados. Em vez da morte e da violência, a revolta deve associar-se ao pensamento e não pode esquecer a primazia da vida.

Camus lê um excerto de ‘O Homem Revoltado’

Para além do livro, Camus insurgiu-se contra a invasão da Hungria e aplaudiu a atribuição do Nobel da Literatura a Boris Pasternak. Atitudes imperdoáveis para o regime de Stalin que podem ter estado na origem do acidente em que Camus perdeu a vida.