VOO NOTURNO

Voo Noturno

Antoine de Saint-Exupéry

“Poderia ainda lutar, tentar a sua sorte: a fatalidade exterior não existe. Mas há uma fatalidade interior: há um momento em que nos sentimos vulneráveis; então, como uma vertigem, os erros atraem-nos. E foi num momento destes que sobre a sua cabeça brilharam, num rasgão da tempestade, como uma isca morta e no fundo duma armadilha, algumas estrelas. Ele pensou de fato que era uma cilada: vêem-se três estrelas num buraco, sobe-se ao seu encontro, depois já não se pode descer e lá se fica mordendo as estrelas. . . Mas a sua fome de luz era tal que Fabien subiu.”

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