Discurso sobre a Origem da Desigualdade entre os Homens
Jean-Jacques Rousseau
Escrito em 1756, o Discours sur l’origine et les fondements de l’inégalité parmi les Hommes é uma reflexão filosófica que pode parecer naif. Jean-Jacques Rousseau arriscou conclusões sobre o tema e o que lhe faltou de investigação histórica e antropológica foi colmatado com a capacidade de reflexão. Não se saiu mal: ao concluir que a origem da desigualdade é a propriedade, Rousseau estabeleceu uma das bases ao pensamento de esquerda, seja ela revolucionária ou reformista, e também a uma parte (provavelmente a melhor) do pensamento de direita.
Publicado pela primeira vez em 1951, o livro As Origens do Totalitarismo / The Origins of Totalitarism continua a ser referência para compreender a formação dos regimes totalitários, ou seja, os que recorrem a “meios de dominar e aterrorizar as pessoas a partir do seu próprio pensamento” (“means of dominating and terrorizing human beings from within“), o que representa um grau de opressão superior ao da ditadura. Arendt ocupa-se especialmente dos regimes nazi de Hitler e soviético de Stalin e desenvolve temas como o antissemitismo, o colonialismo e o imperialismo. Para além do interesse histórico, o livro ajuda a detetar e perceber as manifestações atuais de racismo, imperialismo e totalitarismo.
Pode obter este livro em PDF na versão em língua inglesa ou na versão em língua portuguesa (tradução de Roberto Raposo).
O maior resgate de informação secreta da era da ‘guerra fria’;
O maior golpe sofrido pelo KGB;
Milhares de agentes e e informadores expostos;
Informadores do KGB em Portugal.
Em 1972, o KGB concluiu a construção de um novo edifício em Yasenevo (sul de Moscovo) para os seus arquivos. Vasili Mitrokhin foi encarregue da missão de classificar e transferir os documentos para o novo edifício. A operação demorou 12 anos. Desiludido com o regime soviético Mitrokhin começou a preparar a sua reforma. Ao longo desses doze anos, transcreveu à mão documentos secretos e fê-los sair do edifício escondidos nos sapatos. Em casa, acumulou-os em latas de leite colocadas sob o soalho ou enterradas no quinta da casa de campo. No dia 24 de março de 1992 (um ano depois da dissolução da união soviética), viajou para Riga com alguns desses papéis. Na embaixada dos EUA, não foi considerado credível. Na embaixada do Reino Unido, foi recebido por um jovem diplomata decidiu que comunicou o assunto ao MI6 (a designação usual do Secret Intelligence Service, SIS) e pediu a Mitrokhin para voltar dias depois. Mitrokhin compareceu num local discreto, entregou 10 envelopes com mais de 2000 páginas. Ficou de voltar em junho com mais documentos. Douglas Hurd, secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros do governo de Margaret Tatcher, aprovou a resgate dos documentos escondidos em casa de Mitrokhin e a concessão de asino para o agente russo e a sua família. Operacionais do MI6 visitaram a ‘dacha’ (casa de campo) de Mitrokhin e precisaram de cinco bagageiras de automóvel para trazer os manuscritos de Mitrokhin, que cobriam mais de 70 anos de atividade. Foi um dos maiores resgates de informação secreta de sempre. Em outubro, Mitrokhin obteve asilo e ficou a viver no Reino Unido com identidade falsa, colaborando com o MI6 na tradução dos manuscritos. O impacto dos manuscritos Mitrokhin foi enorme, incluindo listas de agentes, infiltrados e colaboradores do KGB na Europa e os EUA e detalhe sobre as informações que forneceram. Foi o maior “rombo” de sempre na espionagem do KGB. Ficou-se a saber, por exemplo, como o KGB tinha preparado uma campanha de desinformação para prejudicar a eleição de Ronald Reagan. Anos depois, Mitrokhin foi autorizado a publicar a sua história em livro e a revelar inúmeras operações de espionagem do KGB. Entre elas, o modo como Svyatoslav Kuznetsov, agente do KGB junto da embaixada da URSS em Lisboa se encontrou com Álvaro Cunhal para combinar o recrutamento de seis informadores. Objetivo: facultar ao KGB o máximo de informação possível sobre os serviços de informações portugueses e sobre a NATO. As notas de MitrokhIn indicam dois advogados ao serviço do governo, um advogado ligado aos sindicatos sindical, um conservador do registo civil e dois jornalistas. A história de Vasili Mitrokhin, incluindo este e muitos outros episódios, está neste livro THE SWORD AND THE SHIELD – THE MITROKHIN ARCHIVE AND THE SECRET HISTORY OF THE KGB.
Nesta novela histórica publicada em 1836, Pushkin coloca o seu personagem (Pyotr) a lidar com o Yemelan Pugachev, o líder da revolta de 1773-1774. Pertencem a campos inimigos, mas a estima pessoal prevalece. Prisioneiro e libertado pelas tropas do insurgente, Pyotr acaba preso, acusado de traição pelas tropas de Catarina a Grande, deixando Masha, a sua apaixonada, em desespero. Pushkin, de origem aristocrática, acabou exilado por causa das suas ideias revolucionárias.
Na única novela de Sylvia Plath, a ação decorre nos EUA, nos anos 50. Uma jovem inglesa ganha um concurso para um emprego como redatora convidada de uma revista feminina americana. A pressão da sociedade americana (na época da condenação do casal Rosenberg), leva a jovem à apatia e depressão. A inclinação de Sylvia Plath para a poesia nota-se ao longo do texto desta novela, em que não evitou usar expressões poéticas, Devido ao seu caráter autobiográfico (Sylvia Plath foi redatora convidada da revista Mademoiselle), a novela só foi publicada em 1963 no Reino Unido sob o pseudónimo de Victoria Lucas. Nos EUA, só foi publicada em 1971.
A novela deu origem ao filme THE BELL JAR, realizado por Larry Peerce e lançado em 1979.
Mário Viegas tinha um talento muito próprio para dizer poesia. Vale a pena recordar a sua interpretação de TABACARIA, o poema de ÁLVARO DE CAMPOS (FERNANDO PESSOA).
TABACARIA
Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
Janelas do meu quarto, Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é (E se soubessem quem é, o que saberiam?), Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente, Para uma rua inacessível a todos os pensamentos, Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa, Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres, Com a morte a pôr humidade nas paredes e cabelos brancos nos homens, Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.
Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade. Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer, E não tivesse mais irmandade com as coisas Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada De dentro da minha cabeça, E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.
Estou hoje perplexo como quem pensou e achou e esqueceu. Estou hoje dividido entre a lealdade que devo À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora, E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.
Falhei em tudo. Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada. A aprendizagem que me deram, Desci dela pela janela das traseiras da casa, Fui até ao campo com grandes propósitos. Mas lá encontrei só ervas e árvores, E quando havia gente era igual à outra. Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei-de pensar?
Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou? Ser o que penso? Mas penso ser tanta coisa! E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos! Génio? Neste momento Cem mil cérebros se concebem em sonho génios como eu, E a história não marcará, quem sabe?, nem um, Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras. Não, não creio em mim. Em todos os manicómios há doidos malucos com tantas certezas! Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo? Não, nem em mim… Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo Não estão nesta hora génios-para-si-mesmos sonhando? Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas — Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas —, E quem sabe se realizáveis, Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente? O mundo é para quem nasce para o conquistar E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão. Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez. Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo, Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu. Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda, Ainda que não more nela; Serei sempre o que não nasceu para isso; Serei sempre só o que tinha qualidades; Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta E cantou a cantiga do Infinito numa capoeira, E ouviu a voz de Deus num poço tapado. Crer em mim? Não, nem em nada. Derrame-me a Natureza sobre a cabeça ardente O seu sol, a sua chuva, o vento que me acha o cabelo, E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha. Escravos cardíacos das estrelas, Conquistámos todo o mundo antes de nos levantar da cama; Mas acordámos e ele é opaco, Levantámo-nos e ele é alheio, Saímos de casa e ele é a terra inteira, Mais o sistema solar e a Via Láctea e o Indefinido.
(Come chocolates, pequena; Come chocolates! Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates. Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria. Come, pequena suja, come! Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes! Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folhas de estanho, Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.)
Mas ao menos fica da amargura do que nunca serei A caligrafia rápida destes versos, Pórtico partido para o Impossível. Mas ao menos consagro a mim mesmo um desprezo sem lágrimas, Nobre ao menos no gesto largo com que atiro A roupa suja que sou, sem rol, pra o decurso das coisas, E fico em casa sem camisa.
(Tu, que consolas, que não existes e por isso consolas, Ou deusa grega, concebida como estátua que fosse viva, Ou patrícia romana, impossivelmente nobre e nefasta, Ou princesa de trovadores, gentilíssima e colorida, Ou marquesa do século dezoito, decotada e longínqua, Ou cocote célebre do tempo dos nossos pais, Ou não sei quê moderno — não concebo bem o quê —, Tudo isso, seja o que for, que sejas, se pode inspirar que inspire! Meu coração é um balde despejado. Como os que invocam espíritos invocam espíritos invoco A mim mesmo e não encontro nada. Chego à janela e vejo a rua com uma nitidez absoluta. Vejo as lojas, vejo os passeios, vejo os carros que passam, Vejo os entes vivos vestidos que se cruzam, Vejo os cães que também existem, E tudo isto me pesa como uma condenação ao degredo, E tudo isto é estrangeiro, como tudo.)
Vivi, estudei, amei, e até cri, E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu. Olho a cada um os andrajos e as chagas e a mentira, E penso: talvez nunca vivesses nem estudasses nem amasses nem cresses (Porque é possível fazer a realidade de tudo isso sem fazer nada disso); Talvez tenhas existido apenas, como um lagarto a quem cortam o rabo E que é rabo para aquém do lagarto remexidamente.
Fiz de mim o que não soube, E o que podia fazer de mim não o fiz. O dominó que vesti era errado. Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me. Quando quis tirar a máscara, Estava pegada à cara. Quando a tirei e me vi ao espelho, Já tinha envelhecido. Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado. Deitei fora a máscara e dormi no vestiário Como um cão tolerado pela gerência Por ser inofensivo E vou escrever esta história para provar que sou sublime.
Essência musical dos meus versos inúteis, Quem me dera encontrar-te como coisa que eu fizesse, E não ficasse sempre defronte da Tabacaria de defronte, Calcando aos pés a consciência de estar existindo, Como um tapete em que um bêbado tropeça Ou um capacho que os ciganos roubaram e não valia nada.
Mas o Dono da Tabacaria chegou à porta e ficou à porta. Olhou-o com o desconforto da cabeça mal voltada E com o desconforto da alma mal-entendendo. Ele morrerá e eu morrerei. Ele deixará a tabuleta, e eu deixarei versos. A certa altura morrerá a tabuleta também, e os versos também. Depois de certa altura morrerá a rua onde esteve a tabuleta, E a língua em que foram escritos os versos. Morrerá depois o planeta girante em que tudo isto se deu. Em outros satélites de outros sistemas qualquer coisa como gente Continuará fazendo coisas como versos e vivendo por baixo de coisas como tabuletas, Sempre uma coisa defronte da outra, Sempre uma coisa tão inútil como a outra, Sempre o impossível tão estúpido como o real, Sempre o mistério do fundo tão certo como o sono de mistério da superfície, Sempre isto ou sempre outra coisa ou nem uma coisa nem outra.
Mas um homem entrou na Tabacaria (para comprar tabaco?), E a realidade plausível cai de repente em cima de mim. Semiergo-me enérgico, convencido, humano, E vou tencionar escrever estes versos em que digo o contrário.
Acendo um cigarro ao pensar em escrevê-los E saboreio no cigarro a libertação de todos os pensamentos. Sigo o fumo como uma rota própria, E gozo, num momento sensitivo e competente, A libertação de todas as especulações E a consciência de que a metafísica é uma consequência de estar mal disposto.
Depois deito-me para trás na cadeira E continuo fumando. Enquanto o Destino mo conceder, continuarei fumando.
(Se eu casasse com a filha da minha lavadeira Talvez fosse feliz.) Visto isto, levanto-me da cadeira. Vou à janela.
O homem saiu da Tabacaria (metendo troco na algibeira das calças?). Ah, conheço-o: é o Esteves sem metafísica. (O Dono da Tabacaria chegou à porta.) Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me. Acenou-me adeus gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e o universo Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o Dono da Tabacaria sorriu.
15-1-1928 Poesias de Álvaro de Campos. Fernando Pessoa. Lisboa: Ática, 1944 (imp. 1993). – 252.
Como o poema TABACARIA contribuiu para a divulgação da Poesia de Língua Portuguesa
António Tabuchi Nos anos sessenta do século passado, numa livraria junto à gare de Lyon, em Paris, António Tabuchi leu alguns versos da tradução francesa ( de Pierre Hourcade) de TABACARIA. Algo lhe despertou a atenção. Depois de ler e reler o poema, passou duas décadas a estudar, traduzir e divulgar Fernando Pessoa e a sua obra. Apaixonou-se por Portugal, por uma portuguesa e pela língua portuguesa. Isso permitiu-lhe entrar no universo literário da lusofonia. Chegou a traduzir e conhecer Carlos Drummond de Andrade. No dia da sua morte, o despacho de da agência Lusa referiu-se a Tabuchi como “o italiano que sonhava em português“. Tabuchi nunca esqueceu o poema TABACARIA. Chegou a dizer que é “o poema mais importante do século XX“.
“No fundo, o livro é arquitetura. Quem diz arquitetura, refere-se a um edifício e a uma ordem, uma morada para os deuses e para o homem, seja ela uma casa simples ou uma basílica. A igreja é uma assembleia: a leitura é outra. O livro é a casa do pensamento. Tudo começa com o monumento e tudo termina com o livro. A cidade desmorona-se, a cidade desaparece e o livro permanece. Os edifícios são a arquitetura da matéria: o livro belo é uma arquitetura do espírito“.
“É possível que o livro seja o último refúgio do homem livre. Se o homem se converte decididamente em autómato, se chegar ao ponto de não pensar senão de acordo com as imagens prontas de um écrã, acabará por deixar de ler. Todos os tipos de máquinas compensarão a falta de leitura: o homem deixará que a sua mente seja manipulada por um sistema de visões falantes; a cor, o ritmo, o alívio, mil maneiras de substituir o esforço e a atenção morta, de preencher o vazio ou a preguiça da busca da imaginação particular: tudo estará lá, menos o espírito. Essa lei é a do rebanho. O livro terá sempre seguidores, os últimos homens que não serão produzidos em massa pela máquina social. Um belo livro, este templo do indivíduo é a acrópole onde o pensamento se refugia contra a populaça“.
André Suarès, l’Art du Livre,1920; Éditions Fata Morgana, Saint Clément de Rivière, janeiro de 2022.
André Suarès (1868-1940), escritor e poeta, deixou dezenas de obras, repartidas entre a ficção, a poesia, o teatro e o ensaio, e foi um dos colaboradores da ‘Nouvelle Révue Française’, lado a lado com Paul Claudel, André Gide e Paul Valéry, entre outros.
Apanhados entre Atenas e Esparta, os melianos (habitantes da ilha de Melos) tentaram em vão convencer os atenienses a desistir da invasão (416 a..) , a troco da sua neutralidade. A resposta dos atenienses dissipou todas as ilusões: “não entrastes com eles na guerra, pensando que assim nos convenceis, ou então que em nada nos fizestes mal; esperamos que em vez disso analiseis o que é praticável, dentro do realismo que anima o pensamento de cada um de nós, pois sabeis como nós sabemos, que o que é justo na vida humana só é avaliado em circunstâncias equivalentes, e que os mais fortes fazem o que podem, enquanto os mais fracos fazem o que devem.“
Escrito em forma quase teatral, o diálogo entre atenienses e melianos é um dos episódios mais citados da ‘História da Guerra do Peloponeso‘ a obra com que deu a Tucídides a reputação de um dos grandes primeiros historiadores. Numa obra cheia de detalhes militares, o episódio indica a relevância da “lei dos mais forte” e da chantagem nas relações internacionais. Se um dos lados se acha superior em poderio militar, não se contenta com a neutralidade e por isso não prescinde de impor a submissão a todos os povos à sua volta. O diálogo não resultou. Os melianos tiveram se escolher entre a guerra e a servidão. A História da Guerra do Peloponeso foi traduzida do grego para a língua portuguesa por Raul M. Rosado Fernandes e M. Gabriela P. Granwehr, e editada pela Fundação Calouste Gulbenkian. O episódio das negociações entre melianos e atenienses está nas páginas 507 a 518 ou, se preferirmos, nos parágrafos LXXXIV a CXVI). A citação feita no parágrafo anterior está na página 509 (parágrafo LXXXIX). A segunda edição publicada em 2013, pode ser adquirida na livraria da F.C.G. Existe também uma versão em pdf, disponibilizada gratuitamente pela F.C.G..
Outra versão da obra de Tucídides, resultou da tradução de Mário da Gama Kury e foi publicada pela Editora da Universidade de Brasília em parceria com o Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais, em 1989. O episódio está nas páginas 346 a 354 (parágrafos 84 a 116).
Também esta versão está disponível em pdf, por iniciativa dos editores. É, portanto fácil obter qualquer uma das versões na internet. Mas, se estiver interessado e não tiver tempo ou paciência para as encontrar, esta página pode fazer o trablho por si. Basta nos envie o comprovativo da doação de alguns euros a uma IPSS à sua escolha e enviaremos de volta os ficheiros pdf.
Melos é uma das ilhas paradisíacas da Grécia, cujas imagens dificilmente são compatíveis com pensamentos bélicos. A guerra só é compatível consigo própria.
Todo o tradutor é presumível culpado: traduttore, traditore. Traduzir poesia é uma responsabilidade enorme, por razões que há muito se reconhecem e debatem. A exigência seria intimidante se não fosse o prazer duplicado da tradução respeitando o sentido e mantendo a estrutura e a rima. Será possível adaptar com ousadia sem deixar de ser fiel?
VERSOS TRAÍDOS é uma antologia de traduções feitas ao longo de mais de trinta anos. Da Idade Média aos dias de hoje, a lista de Poetas traduzidos não podia ser mais heterogéna: Dante, Juana Inés de la Cruz, Byron, William Blake, François Andrieux, Edgar Alan Poe, Wordsworth, Elisabeth Barrett Browning, Tennyson, Ridge, Baudelaire, Emily Dickinson, O’Reilly,, Whitman, Verlaine, Henley, Josephine Heard, Rilke, Kipling, Maloch, Yates, Olivia Bush-Banks, Edna Millay, Éluard, Dylan Thomas, Robert Frost, T.S. Eliot, Wistan Auden, Rchard W. Grant, Howard Moss, Octavio Paz, Lio Xiaobo, Paolo Polvani, Eric Clapton, Yoshira Marbel.